INFRAESTRUTURA

Ginásio e quadras recebem novos pisos. Material tem dez anos de garantia, é mais resistente e diminui impacto nas articulações  

Júlio Minasi - DEL/DAC

 

Resistência, conforto e baixo custo de manutenção são virtudes atribuídas aos pisos que estão em fase final de instalação em equipamentos esportivos da Universidade de Brasília. O material modular feito de polipropileno vai cobrir as superfícies do ginásio e já está em uso na quadra de vôlei do Centro Olímpico e na poliesportiva Quadra José Maurício Honório Filho.

 

A área total coberta pela nova superfície é de 2.267 m². No ginásio, que vai receber mais de 60% desse material, será instalada uma manta amortecedora sob o piso. De acordo com a empresa fornecedora, a catarinense Flexquadra, todos os pisos oferecem redução de 20% no impacto das articulações.

 

“O piso é ótimo. Melhorou muito. Não tem nem comparação com o que tínhamos antes”, avalia o técnico do time de handebol feminino da UnB, Marcelo Marques. O treinador tem comandado atividades na Quadra José Maurício e não vê a hora de voltar a atuar no ginásio. “Poderemos voltar a mandar os jogos na UnB. Isso é fundamental”, afirma.    

 

O artilheiro do XVIII Torneio de Futsal dos trabalhadores, Ivanildo Farias, classifica o piso como “muito bom”. Ele conta que precisou de apenas um jogo para se adaptar à superfície. “Não conhecia [o piso], mas foi fácil pegar o jeito. Senti que diminui bastante o impacto nas pernas”, conta o prestador de serviço do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT).

 

Estudante e atleta de futsal, Janaína Bezerra avalia as reformas como “uma demonstração de que, mesmo em crise financeira, a Universidade valoriza o esporte”. Apesar de aprovar a intervenção, ela disse não ter se adaptado ao piso. “Não gostei. Ele parece oco”, conta. Ela relata que se lesionou durante o primeiro treino no novo piso e ouviu queixas de outras jogadoras.

 

Quadra José Maurício já recebe torneio no piso de polipropileno

O responsável pela Diretoria de Esporte e Lazer (DEL/DAC), Alexandre Rezende, explica que os pisos das quadras externas têm movimentação característica, relacionada à especificidade das placas, que dilatam e retraem a depender das condições climáticas. “É um piso outdoor, que precisa ter resistência. Pode causar algum estranhamento para quem está acostumado a jogar em ginásios, que costumam ter pisos especiais”, diz. “Não tenho dúvida de que esse piso tem qualidade superior a situação anterior das nossas quadras de concreto, com desníveis e muito abrasivo”, completa o gestor, que também leciona na Faculdade de Educação Física.  

 

INVESTIMENTO – O processo da licitação para a modernização dos pisos começou em 2016. O custo total da instalação é de R$ 274.080,30. A garantia do material é de dez anos. As reformas atendem a demandas históricas por melhores condições de prática desportiva. “A recuperação das quadras externas contribui para o esporte comunitário e impacta na rotina de vida das pessoas. A busca por mais espaços de lazer é frequente na comunidade”, diz Alexandre Rezende.

 

Já a restauração do piso do ginásio, segundo o professor, tem efeito direto nas práticas acadêmicas e no esporte de rendimento. “O ginásio é uma grande sala de aula para o ensino de Educação Física”, diz. “Também é fundamental para as equipes de representação como as de futsal e de handebol. O ginásio do Centro Olímpico é um dos poucos em Brasília com 40 x 20 metros”, lembra ele, ao destacar as dimensões oficiais das modalidades.