CROSS CERRADO

Faculdade completa primeira década com corrida rústica

Júlio Minasi - DEL/DAC

 

O campus vocacionado para a saúde esbanja vitalidade no mês em que comemora seus dez primeiros anos. Além das conquistas acadêmicas e das solenidades, a primeira década da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) foi celebrada com esporte. Dezenas de pessoas participaram na tarde desta sexta-feira (31) do Cross Cerrado, corrida rústica realizada em circuito que mescla terra e piso pavimentado.


A prova de 2,8 km mobilizou estudantes, trabalhadores e a comunidade externa. “Temos muito a comemorar. Tenho acompanhado a faculdade melhorar bastante no período em que estou aqui”, diz Letícia Menezes, aluna do oitavo semestre de Farmácia, que correu o Cross Cerrado pela segunda vez. “Desta vez estou treinando mais. Vamos ver o que acontece”, disse ela com sorriso no rosto antes da prova. Confira a classificação abaixo.


A alegria por participar é compartilhada por Márcio Vinícius Alves, do quarto semestre de Saúde Coletiva. “É bom estar aqui. Ano passado, infelizmente, não pude participar”. Ele, que diz não gostar de perder nem em par ou ímpar, garantiu que os 27° C do início da prova não seriam um empecilho na luta por um troféu. “Sou aqui de Ceilândia. Estou acostumado a correr na rua com esse calor”, conta.

 

Calouros voluntários auxiliam atletas no Cross Cerrado

Sem esconder o apego pelo campus, o aluno de Fisioterapia Vittor Godoi demonstrou satisfação por contribuir para a realização do Cross Cerrado. Ele coordenou equipe com dez calouros que atuaram como voluntários no evento. “Foi muito bom. Esse ano tivemos mais estrutura, organização e recursos”, comemora. “A adesão ainda pode ser melhor. Divulgamos bastante, mas acho que podemos reunir mais gente”, avalia.


A divulgação chegou aos ouvidos do estudante Elias do Nascimento, mestrando do Instituto de Artes da UnB. Ele saiu de Samambaia e foi correr com a mãe, Maria Girlene Silva. “Fiquei sabendo e vim. Já participo de outras provas em Brasília”, conta ele, que largou e chegou ao lado da mãe. “Ela sempre está sempre correndo”, diz. Maria Girlene vê em eventos como o Cross Cerrado uma “importante atividade física”, que completa com exercícios na academia.

 

Valessa é a primeira colocada geral entre as mulheres

RESULTADOS – As primeiras colocações gerais foram conquistadas por participantes da comunidade externa. Valessa Sousa Assunção fez o melhor tempo entre as mulheres: 14m23s. O líder entre os homens foi Cláudio Luiz Martins, que terminou a prova em 11m13s. Ambos souberam das corridas por meio de grupos de corrida no Whatsapp.


Moradora de Sobradinho, Valessa começou a correr de forma regular há menos de dois anos. “Meu intuito inicial era emagrecer. Cheguei a pesar 102 kilos”, conta. Hoje, 37kg mais leve, ela enumera os benefícios do esporte. “A corrida cura depressão, traz ânimo, saúde”, diz. A corredora comemorou a prova com moderação, após se sentir mal na chegada. “Estava seco e a primeira subida foi puxada”.


Cláudio saiu do Cruzeiro para disputar o Cross Cerrado. Acostumado a maratonas, ele elogiou o circuito e disse que o foco principal era o aquecimento. “O objetivo era fazer um treino de tiro”, explica o corredor que pratica o esporte há 28 anos.

 


CONQUISTAS DA FCE – Cinco dos seis cursos de graduação da FCE são avaliados com nota 5 pelo Ministério da Educação. São eles: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional. A nota máxima só não foi concedida à Fonoaudiologia, que à época da avaliação ainda não tinha turma formada. As avaliações satisfatórias também acompanham os dois programas de pós-graduação da FCE: Ciência da Reabilitação e Ciências e Tecnologia em Saúde.

 

Campus já formou mais de 1400 profissionais. Foto: Divulgação FCE

“Nosso campus está em franco crescimento”, avalia o diretor da FCE, Araken Werneck Rodrigues. Ele destaca o desempenho acadêmico e menciona conquistas recentes na infraestrutura. “Estamos climatizando todas as salas, que também passam a ter Smart TVs. Temos novos módulos em construção e inauguramos um jardim, que também tem finalidade para estudos”, conta.


O gestor diz que o Cross Cerrado começa a fazer parte da tradição local e que há mais demandas por esporte. Ele informa que estudantes têm utilizado o vizinho ginásio do Instituto Federal de Brasília e que há projeto em tramitação na Universidade para cobrir a quadra poliesportiva do campus.


O responsável pela Diretoria de Esporte e Lazer (DEL/DAC), Alexandre Rezende, felicitou a FCE pelo décimo aniversário e disse que a corrida desta sexta “valoriza o esporte no campus e o cuidado que a gente deve ter com o cerrado”. Ele lamentou e pediu desculpas por desencontro com participantes de prova de mountain bike que acabaram ficando fora da corrida. “Vamos conversar e melhorar essa questão para o ano que vem”, afirma.


Técnico desportivo da DEL, Pedro Ivo Barbosa dos Santos, disse estar satisfeito com a edição 2018 do Cross em Ceilândia. “A participação de todo o staff aqui do campus foi muito importante para fazer dar certo”, opina. “Vamos juntos criar essa cultura da corrida”, diz ele que já convida a comunidade para participar do Cross Cerrado na Faculdade UnB Gama, no fim de setembro.


O Cross Cerrado é promovido pela DEL em parceria com os campi.