ESPORTE COMUNITÁRIO

Segunda edição está prevista para outubro e aceita inscrições

“Chutes, arremessos, lançamentos, cortadas, rebotes, levantamentos, cabeceios, saques, dribles, manchetes. Esportes de rede, de invasão jogados com pés, mãos ou ambos. Não é difícil vencer em um esporte coletivo, mas qual equipe se sai melhor no conjunto deles?

 

Desde a vitória de Lampis de Esparta no Pentatlo nas Olimpíadas de 708 a.C. nos acostumamos a ver modalidades combinadas (saiba mais: www.youtube.com/watch?v=R_IUt3oVhWI), mas sempre individuais como o triatlo, o pentatlo moderno e o biatlo, o heptatlo e o decatlo no atletismo. O Octatlo Coletivo é a modalidade combinada dos esportes coletivos.

 

Seu objetivo é desafiar a especialização, formar ‘poliglotas desportivos’ e encontrar a equipe mais completas. As equipes possuem um número limitado de atletas polivalentes, os quais devem representá-las em todas modalidades, de tal modo que os atletas necessariamente acabam competindo em várias modalidades diferentes.

 

Nossa sociedade gradualmente volta à valorizar o conhecimento generalista e os polímatas (como foram Aristóteles na Antiguidade e Leonardo da Vinci no Renascimento). O avanço da tecnologia é exponencial e o século XXI, para Ray Kurzweil, se equipara aos 20 mil anos anteriores em termos de progresso. Devido à automação, mais da metade das profissões de hoje deixarão de existir e serão substituídas por outras ainda não inventadas, em talvez uma década. A mudança é a única constante.

 

O Octatlo Coletivo prepara seus participantes, através do esporte, para um cenário de transformação que exige criatividade, adaptação, flexibilidade, lidar com a diversidade, colaborar em equipe, aproveitar seus pontos fortes e evoluir nos pontos fracos.

 

O I Octatlo Coletivo ocorreu em 8 de junho no ginásio do Centro Olímpico da UnB e foi de fato um quadratlo. Cinco equipes disputaram competições de Futsal, Basquete, Vôlei e Futmanobol (saiba mais: www.youtube.com/watch?v=G-7nMomZDEU), em mata-mata e jogos de duração reduzida. Além dos 43 atletas, foram fundamentais os colaboradores que atuaram na organização, na arbitragem e na função de mesário. A equipe CAEDF – Gestão Carcará sagrou-se campeã geral (veja os resultados).

 

O II Octatlo Coletivo está previsto para 19 e 20 de outubro, com as oito modalidades que justificam o seu nome: Octatlo. O primeiro dia envolverá os quatro esportes de quadra citados, enquanto o segundo dia vai trazer desafios em quatro esportes de campo.

 

Achou interessante? Há oito vagas para equipes, inscreva a sua. Nesse ‘Ironman dos esportes coletivos’, completar o percurso das oito modalidades já será uma acachapante vitória.”

 

Cristiano Hoppe Navarro, criador do Octatlo Coletivo e do Futmanobol, organizador do I Octatlo Coletivo, é educador físico, especialista em treinamento esportivo, jornalista, escritor, mestrando em Educação e trabalha como técnico desportivo na UnB. Aproveitou – Carpe diem! – o dia de jogos ao competir nas quatro modalidades.

 

 Equipe Campeã - CAEDF - Gestão Carcará

Equipe Campeã - CAEDF - Gestão Carcará

 

“Os alunos que representaram o CAEDF julgaram que a nova modalidade tem grandes chances de ser um sucesso se houver um empenho na sua disseminação, pois exige que os atletas tenham acurácia de movimento com diversas partes do corpo. Além disso o formato de competição em que a mesma equipe jogue diversos desportos coletivos traz aspectos ricos de aprendizado para os atletas e poderia ser utilizado em clubes e escolas com o conceito de competição ou até de um trabalho lúdico de ensino e desenvolvimento.”

 

Ruan Chrisley Matos dos Santos, 20 anos, e Luiz Carlos Guimarães, 21 anos, ambos estudantes de Licenciatura em Educação Física, em nome da Gestão Carcará, atualmente em exercício no Centro Acadêmico de Educação Física (CAEDF) da UnB. Integrando a equipe campeã do I Octatlo Coletivo, com 44 pontos, Ruan ainda comentou sobre sua experiência:

 

“Acredito que o campeonato em si tem futuro. Ao jogar eu pude me desafiar em alguns esportes que tenho menos habilidade e me diverti ao mesmo tempo! Quando vencemos o futsal com atletas que são do basquete deu um entusiasmo muito grande para o restante dos esportes. Quanto organizador do evento pude notar que podemos levar o esporte adiante e organizar vários campeonatos com êxito.”

 

“Experiência diferenciada! Talvez seja assim a melhor descrição desse Octatlo realizado pelo Cristiano, mais uma do cara!

 

O Octatlo vem com uma ideia base muito interessante, a de jogar com uma só equipe quase todos os esportes coletivos, além de aprender um pouco em outros esportes com pessoas que tem certo domínio e qualidades a mais. Com a competição tão chamativa, vieram mais pessoas, saindo um pouco do ordinário, até porque dentro do Futmanobol todos se conhecem.  E com essa nova safra de jogadores novos desafios a acompanharam. Além disso, a sensação de ansiedade e vontade de ser campeão foram companheiras do início ao fim. E por fim, a dúvida, quem seria a melhor equipe para cada esporte, fazendo cada atleta dar seu máximo.

 

Aguardo ansiosamente a próxima edição, palmas para Cristiano e Vilma pela insistência e criatividade. Contribuição fantástica que ambos vem tendo para o Esporte Brasileiro.”

 

Yuri de Mercês Rocha, 20 anos, está no 5º semestre do curso de Direito. Atleta de Futmanobol e atual campeão da modalidade com o título na II Copa Futmanobol em dezembro, integrou no I Octatlo Coletivo a equipe UnB, vice-campeã com 41 pontos. Participou em todas modalidades e foi eleito MVP (Jogador Destaque) no Vôlei.

 

“Na minha experiência com o I Octatlo Coletivo, sobre as modalidades, como atleta, achei muito interessante colocar em prova várias especificidades dos jogos coletivos tão diferentes. Você começa a entender a dificuldade do outro em sua modalidade dominante e percebe a gama de habilidades motoras que os atletas podem adquirir.

 

Como árbitro eu gostei. Os atletas foram bem tranquilos e foi muito bom apitar, pois a galera entendeu bem as regras e se comprometeu em manter o espírito esportivo sem criar algum tipo de confusão. Tem tudo pra crescer cada vez mais e incluir mais esportes e árbitros.

 

Em geral, curti bastante o dia (tanto como árbitro, quanto atleta) e acredito que cada vez mais pessoas irão se interessar por participar de campeonatos como esse!”

 

João Gabriel Faustino Prego, 20 anos, está no 5º semestre do Bacharelado em Educação Física. Além de arbitrar as partidas de Vôlei no I Octatlo Coletivo, alcançou a terceira posição geral, somando 25 pontos com a equipe Excluídos.